A busca por melhorar a aparência e elevar a autoestima são importantes para algumas mulheres, e isso se reflete no aumento do número de cirurgias plásticas realizadas no Brasil. Dentre os procedimentos mais procurados de acordo com os dados da Sociedade Brasileira de Cirurgia Plástica (SBCP), está a abdominoplastia.
Há diferentes métodos cirúrgicos para realização da abdominoplastia, sendo um deles a abdominoplastia em âncora.
Esse procedimento é muito buscado por quem teve uma perda de peso excessiva, seja pós cirurgia bariátrica (redução de estômago) ou por mudanças de estilo de vida, como a reeducação alimentar associada à prática de atividade física.
A abdominoplastia em âncora é a associação da abdominoplastia clássica, com incisão horizontal na linha da cintura associada à incisão vertical. Essa abordagem segue praticamente os mesmos princípios da cirurgia tradicional e é utilizada em casos de significativa flacidez após perda de peso, ou à pré-existência de grande cicatriz vertical no abdome.
O procedimento cirúrgico costuma ter uma duração média de 3 a 5 horas. A anestesia utilizada pode ser a peridural com sedação ou a geral, sendo que nas duas formas o paciente estará dormindo durante a cirurgia.
No método tradicional, um corte é feito na região pubiana e o excesso de pele da parte inferior do abdome é retirado. Na cirurgia em âncora, só este processo não é suficiente. Além da retirada da pele abaixo do umbigo, é necessário remover a flacidez lateral e medial do abdome. Por isso, além do corte pubiano, outro corte é feito, de forma vertical. Dessa maneira, os dois cortes, horizontal e vertical, lembram uma âncora, um “T” invertido.
Outra vantagem da cirurgia em âncora é a retirada das estrias presentes na região inferior do abdome, mesmo não sendo esse o foco do procedimento.
Essa cirurgia costuma em muitos casos ser realizada em associação à lipoescultura, e certamente drenos serão necessários nos primeiros dias de pós-operatório a fim de eliminar líquidos e sangue que possam acumular no abdome.
Se você irá se submeter à cirurgia de abdominoplastia tradicional ou em âncora, e apresenta tendência à formação de queloides ou cicatrizes hipertróficas, a betaterapia pós-operatória está indicada para o seu caso, com a finalidade de reduzir o risco de formação dessas hipercicatrizes.
A betaterapia é um procedimento utilizado há décadas, sendo reconhecido cientificamente pelas Sociedades Brasileiras de Cirurgia Plástica, Dermatologia e Radioterapia, e de acordo com os trabalhos científicos publicados, pode-se afirmar que a betaterapia previne 80% dos casos, a formação do queloide e cicatriz hipertrófica.