De acordo com a Sociedade Brasileira de Dermatologia, o melasma é uma condição da pele que se caracteriza pelo surgimento de manchas escuras, mais comumente na face, mas podendo também acometer pescoço, colo e braços. Afeta com mais frequência as mulheres entre os 20 e 50 anos de idade, mas é observado no sexo masculino.
O melasma não tem uma causa definida, mas muitas vezes esta patologia está relacionada principalmente à exposição solar (radiação UV e luz visível), assim como ao uso de anticoncepcionais e à gravidez.
Além dos fatores hormonais e da exposição aos raios solares, a predisposição genética também influencia no surgimento do melasma.
O melasma não dói, não coça, não apresenta sintomas específicos, sendo então caracterizado por suas manchas escuras, ou amarronzadas que surgem principalmente na face: nas “maçãs” do rosto, testa, nariz e lábio superior (região do buço). Essas manchas têm formatos irregulares e bem definidos, e geralmente iguais em ambos os lados.
Os mais variados tratamentos são empregados, mas sempre compreendem orientações de proteção contra radiação UV e à luz visível, que deve ser redobrada quando se inicia o tratamento. As terapias disponíveis passam pelo uso de medicamentos tópicos e/ou orais, clareamento das manchas com uso de cremes clareadores e procedimentos de peelings empregando os mais variados tipos de ácidos, como o retinóico, kójico e azelaico, além de aplicações de luzes (LEDs) e lasers. É importante salientar, que o tratamento do melasma sempre prevê um conjunto de medidas para clarear, estabilizar e impedir que o pigmento volte.
Apesar do melasma ser um problema crônico, com períodos de melhora e piora, o prognóstico para a maioria dos casos é bom. Como ele se desenvolve devagar, o processo de clareamento também tende a ser lento, baseando-se sempre na estabilização dos benefícios já alcançados. Quando o sucesso terapêutico não é atingido, muitas vezes a razão deve-se ao fato de a paciente ter continuado a se expor ao sol sem os devidos cuidados. Tratando corretamente e tomando os devidos cuidados diários é possível que os episódios de melasma não voltem a se repetir.
O uso de protetor solar diariamente é importante para todas as pessoas, mas para aquelas com tendência ao desenvolvimento do melasma ou se enquadram nos fatores de risco os cuidados devem ser ainda maiores. A aplicação deve acontecer várias vezes ao dia com a finalidade de evitar o estímulo para produção de pigmento.