Além de nos incomodar, a acne pode deixar marcas mais profundas na pele. Isso porque quando uma lesão inflamatória cutânea perdura por muito tempo, é comum o aparecimento de manchas e cicatrizes.
As cicatrizes de acne costumam ser profundas, pois as glândulas das quais se originam as “espinhas” estão localizadas na derme profunda. Desta forma, as fibras da pele acabam tendo sua arquitetura comprometida por essas afecções.
As lesões podem evoluir deixando manchas ou cicatrizes na pele, que podem ser atróficas, as mais comuns; onde ocorre um afundamento e afinamento da pele, e as hipertróficas, com excesso de tecido cicatricial resultando em elevação e deformação da pele. Estas cicatrizes hipertróficas são bem visíveis e mudam o relevo, comprometendo a textura da pele.
Dependendo da predisposição de cada indivíduo, estas cicatrizes também podem evoluir para um queloide.
O queloide nada mais é do que um crescimento anormal, porém benigno de tecido cicatricial. O queloide oriundo da acne é mais comum no tronco (esterno, dorso e ombros). Acomete ambos os sexos, embora na região esternal tenha uma maior incidência entre os homens pelo fato da existência dos pelos no tórax que podem apresentar foliculite.
O processo de formação do queloide é multifatorial e alguns mecanismos biológicos do seu aparecimento ainda trazem explicações controversas, porém alguns achados são consenso entre os especialistas, como fatores étnicos/raciais onde observa-se uma maior prevalência em negros e seus descendentes, assim como entre os asiáticos; em momentos de hipersecreção da hipófise (adolescência e gravidez); histórico familiar; e localização, onde ombros, tórax (anterior e posterior), propensas à formação do queloide.
A betaterapia é um procedimento médico cientificamente reconhecido pelas Sociedades Brasileiras de Cirurgia Plástica, de Dermatologia, e Radioterapia. A técnica consiste no uso de radiação beta emitida por uma fonte de Estrôncio 90. Esta modalidade de tratamento está indicada à prevenção de queloides em qualquer parte do corpo, e o seu uso está restrito ao médico radioterapeuta (especialista em radiações com finalidades terapêuticas).
A betaterapia está indicada como tratamento adjuvante de caráter preventivo a pacientes que tenham sido submetidos à ressecção cirúrgica de cicatriz queloideana, por se tratar de um procedimento que comprovadamente reduz as chances de surgimento de queloides.
Quando começar?
As sessões de betaterapia devem ter início em no máximo 48 horas após a perfuração, período em que os fibroblastos começam a se proliferar.
Quantas sessões são necessárias após a perfuração?
Após avaliação médica, cerca de 5 a 10 sessões em dias consecutivos são necessárias.
Sentirei alguma dor ou incomodo?
Não, a betaterapia não causa nenhum tipo de dor ou desconforto, assim como não produz nenhum efeito colateral.
A betaterapia pode ser aplicada ao queloide já formado?
Não. A Betaterapia é um tratamento preventivo, sendo assim, deve ser empregada logo após a cirurgia. Esta é a conduta recomendada pelas Sociedades Médicas de Cirurgia Plástica e de Radioterapia, que consiste na retirada cirúrgica da cicatriz e o início imediato da Betaterapia.
O uso de radiação não seria perigoso?
Não! Na prevenção de formação do queloide, a radiação empregada é um tipo de radiação bem leve (radiação Beta), que penetra alguns poucos milímetros da pele.
Quais o percentual de sucesso do tratamento?
É elevado. Acima de 80-90%.
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