A betaterapia associada à cirurgia é o padrão ouro entre os métodos de tratamento para eliminação do queloide ou da cicatriz hipertrófica.
A betaterapia é um procedimento utilizado há décadas, sendo reconhecido cientificamente pelas Sociedades Brasileiras de Cirurgia Plástica, Dermatologia e Radioterapia, e é o médico radioterapeuta que irá prescrever a dosagem, a intensidade de radiação para cada sessão de tratamento, assim como também determinará a quantidade de sessões de betaterapia e o intervalo entre as mesmas.
Os melhores resultados com a betaterapia são obtidos quando a primeira aplicação é realizada dentro das primeiras 24 à 48 horas da cirurgia que removeu o queloide ou a cicatriz hipertrófica, pois é nesse período que se dá a maior proliferação de fibroblastos, células responsáveis pela síntese de colágeno e elastina que fecham o corte, mas que em algumas pessoas também podem levar à formação de queloides ou hipertrofia na cicatriz.
A betaterapia é indicada com a finalidade de se prevenir o ressurgimento de queloides ou cicatrizes hipertróficas em quem já as possui e passará por uma cirurgia de remoção; mas também é perfeitamente indicada a pacientes com predisposição à formação dessas hipercicatrizes, devendo como vimos, ser preferencialmente aplicada logo após a cirurgia, principalmente nos casos em que o queloide estava presente e foi removido.
Em média, são indicadas 10 sessões, podendo ser administradas em dias alternados ou consecutivos.
Mas quanto tempo dura cada sessão de betaterapia?
A duração de cada sessão dependerá da extensão da cicatriz a ser tratada. Para os casos mais simples, por exemplo, pacientes que removeram um queloide da orelha, a sessão de betaterapia é realizada em cerca de 5 minutos, porém para os tratamentos mais complexos, com extensas cicatrizes como as de pacientes que passaram por abdominoplastia e mastopexia juntas, o tempo de tratamento pode ficar em torno de 30 minutos. Além do tempo necessário para a liberação da radiação beta, devemos também considerar o tempo para a troca dos curativos que são necessárias durante as primeiras sessões da paciente.