Qual a eficácia da Betaterapia?

Por: Dr. Rodrigo Motta 7 de agosto de 2020

A Betaterapia está indicada a pacientes que possuam cicatriz hipertrófica ou queloide em qualquer localização do corpo e que estejam programando passar por uma cirurgia plástica a fim de remover essa lesão. A Betaterapia também é recomendada aos pacientes que tenham tendência à formação dessas cicatrizes grossas, espessas.

Mas qual a eficácia desse tratamento para evitar o ressurgimento do queloide ou cicatriz hipertrófica?

Podemos afirmar que a irradiação beta emitida pela placa de Estrôncio 90 é capaz de evitar o crescimento dessas hipercicatrizes em até 80% dos casos tratados, porém para que essa taxa de controle (segundo a literatura médica) seja obtida, alguns requisitos devem ser respeitados, como: iniciar as sessões de Betaterapia dentro do prazo de 24 a 48 horas após a cirurgia (considerado ideal), todo o queloide deve ter sido removido, seguir as recomendações de seu cirurgião plástico, evitar exposição solar, e seguir as recomendações de cuidados durante as sessões e após as sessões do médico radioterapeuta responsável pelas sessões de Betaterapia.

A Betaterapia é um procedimento utilizado há décadas, sendo reconhecido cientificamente pelas Sociedades Brasileiras de Cirurgia Plástica, Dermatologia e Radioterapia, e de acordo com os trabalhos científicos publicados, pode-se afirmar que a Betaterapia previne 80% dos casos, a formação do queloide e cicatriz hipertrófica. Recomendamos que a primeira sessão de Betaterapia tenha início dentro de 24 a 48 horas após a cirurgia.