A cicatrização é um processo biológico natural e fundamental para manter a integridade da nossa pele. Toda vez que sofremos um corte, uma escoriação, ou uma queimadura por mais leve que seja, uma série de processos orgânicos são desencadeados no local para tentar recuperar o tecido que foi lesado.
Porém, uma das grandes preocupações dos pacientes, a cicatriz, é o resultado de fatores intrínsecos ao organismo de cada individuo e da qualidade técnica do cirurgião.
A cicatrização é marcada por fases, até atingir o amadurecimento e a estabilização, e esse processo todo pode durar até dois anos em algumas pessoas. Cada organismo tem o seu próprio ritmo.
Mas, afinal. Quais são os tipos existentes de cicatrizes?
Bom, vamos lá:
Cicatrizes normotróficas: compõe a maioria dos resultados cicatriciais. São finas, semelhantes à superfície da pele, de cor mais clara do que à pele vizinha, sendo assim pouco perceptível à visão de uma certa distância. Nesta cicatriz todas as suas fases estão dentro da normalidade.
Atróficas: são cicatrizes nas quais a fase de proliferação tecidual ficou prejudicada, ou a sutura cutânea foi inadequada. Em geral as bordas da ferida se afastam, e a cicatriz fica mais profunda, assim, suas características mais marcantes são o afastamento das bordas da pele e depressão da sua localização.
Retraída (Contratura): são cicatrizes normalmente hipertróficas, mas quais a sua região mais profunda produziu um crescimento que leva a se aderir a outros tecidos profundos. É uma força contrátil de baixo para cima ou longitudinal. É um tipo de cicatriz comum após queimaduras.
Hipertróficas: estas cicatrizes, ao contrário das atróficas, apresentam-se com crescimento além do normal. Como consequência, elas são altas e muitas vezes largas.
Queloide: são cicatrizes com característica mais elevadas e largas do que as hipertróficas; apresentam coloração muito avermelhada por causa da grande vascularização, e por vezes sintomas como dor e prurido (coceira).
FOTO
Vale ressaltar que inúmeros fatores influenciam o processo de cicatrização: fatores relacionados ao próprio paciente, a localização do ferimento, o tipo de trauma que produziu o dano na pele e a evolução do processo de cicatrização. Mesmo assim, o resultado final é algo imprevisível na maioria dos casos.
Não se deve esquecer que assim que o cirurgião retirar os pontos, a cicatriz ainda continua a merecer cuidados.
Durante o processo de cicatrização são fundamentais alguns cuidados, como hidratação da pele com cremes apropriados. Importante também, é o alerta para que a paciente não tome sol no local enquanto a cor da cicatriz não tiver adquirido a tonalidade normal da pele, utilizando filtro solar para proteger a cicatriz como faria com a pele de qualquer outra parte do corpo.
Mas se você tem tendência à formação de queloides ou cicatrizes hipertróficas, deve considerar a realização de sessões de Betaterapia após a cirurgia, pois a Betaterapia é um procedimento utilizado há décadas, sendo reconhecido cientificamente pelas Sociedades Brasileiras de Cirurgia Plástica, Dermatologia e Radioterapia, e de acordo com os trabalhos científicos publicados, pode-se afirmar que a Betaterapia previne 80% dos casos, a formação de queloides e cicatrizes hipertróficas.