Outubro Rosa

Por: Dr. Rodrigo Motta 4 de outubro de 2019

Mais um Outubro Rosa chegou! E a Betaclin trará informações importantes sobre o câncer de mama. Abordaremos assuntos ligados à prevenção, diagnóstico e tratamentos. Tudo dentro de uma ótica respaldada por publicações médico-científicas, porém em uma linguagem de fácil entendimento.

O Outubro Rosa é uma campanha anual realizada mundialmente em outubro, com a intenção de alertar a sociedade sobre o diagnóstico precoce e tratamento do câncer de mama. A mobilização visa também à disseminação de dados preventivos e ressalta a importância de olhar mais atento para a nossa saúde.

O movimento teve início no ano de 1990 em um evento chamado “Corrida pela cura” que aconteceu em Nova York, para arrecadar fundos de pesquisa para a instituição Susan G. Komen Breast Cancer Foundation. Em 1997, algumas cidades americanas começaram a colocar em prática diversas ações voltadas para a conscientização a respeito do câncer de mama, principalmente em relação ao diagnóstico precoce da doença. Laços rosas começaram a surgir em corridas e até mesmo em desfiles de moda com o engajamento de grifes e top models internacionais.

A primeira ação no Brasil aconteceu em 2002, no parque Ibirapuera, em São Paulo. Com a iluminação cor-de-rosa do Obelisco Mausoléu ao Soldado Constitucionalista.

A partir de 2008, iniciativas como essa tornaram se cada vez mais frequentes. Diversas entidades relacionadas ao câncer passaram a iluminar prédios e monumentos, transmitindo a mensagem de que o diagnóstico precoce é importante, e quebrando os preconceitos em relação à doença.

Ao longo desse mês, todas as matérias ligadas ao tumor de mama serão compartilhadas abaixo pela Betaclin. Confira o que vem por aí:

1) Entendendo o câncer de mama

2) Prevenção, diagnóstico e tratamento

3) Prótese de silicone aumenta o risco?

4) Betaterapia x Elétrons

Entendendo o Câncer de Mama:

O câncer de mama é o tipo de tumor maligno mais comum entre as mulheres no mundo e no Brasil, depois do câncer de pele não melanoma. Cerca de 1/3 de casos novos de câncer em mulheres, são de mama. É relativamente menos frequente em mulheres jovens, abaixo dos 35 anos de idade, porém, após os 50 anos a sua incidência tende a crescer progressivamente. Os casos novos de câncer de mama vêm aumentando tanto nos países desenvolvidos quanto nos em desenvolvimento, mas vale ressaltar que nos países desenvolvidos a sua mortalidade vem caindo, fato este que se deve ao diagnóstico precoce aliado a tratamentos adequados.

Existem vários tipos de câncer de mama. Alguns evoluem de forma rápida, já outros, não. A maioria dos casos, felizmente tem bom prognóstico.

O Instituto Nacional do Câncer (INCA) estima perto de 60 mil novos casos de câncer de mama no Brasil para o ano de 2019, e segundo a Sociedade Brasileira de Mastologia, cerca de uma a cada 12 mulheres terão câncer nas mamas até os 90 anos de idade.

As mamas são glândulas cuja principal função é a produção de leite, que se forma nos lóbulos e é conduzido até os mamilos por pequenos canais chamados ductos. Quando as células da mama passam a dividir-se de forma desordenada, um tumor maligno pode instalar-se principalmente nos ductos e mais raramente nos lóbulos.

O câncer de mama é uma doença que acomete quase que exclusivamente as mulheres, pois cerca de 1% desse tumor pode ocorrer em homens. o câncer de forma geral, não tem uma causa única. Seu desenvolvimento deve ser compreendido em função de uma série de fatores de risco, alguns deles modificáveis, outros não. São fatores de risco para o câncer de mama: a idade avançada, a exposição prolongada aos hormônios femininos, o excesso de peso, casos da doença na família ou presença de mutação genética. As mulheres portadoras dos genes BRCA1 e BRCA2, apresentam elevado fator de risco. No entanto, há casos de mulheres que desenvolvem a doença sem apresentar esses fatores de risco identificáveis.

O ideal é que o diagnóstico do câncer de mama não apresente nenhum sinal ou sintoma, que seja o mais inicial possível, porém isso nem sempre acontece. Assim, o primeiro sinal da doença costuma ser a presença de um nódulo único, não doloroso e endurecido na mama. Outros sintomas, porém, devem ser considerados, como a deformidade e/ou aumento da mama, a retração da pele ou do mamilo, os gânglios axilares aumentados, vermelhidão, edema, dor e a presença de líquido saindo dos mamilos.