Após grandes emagrecimentos, observados principalmente após a realização de uma cirurgia bariátrica, é comum observar um aumento de volume e flacidez na porção posterior do braço. Isso se deve ao excesso de pele formado pelo estiramento desta durante o período de sobrepeso. Por ser a pele posterior do braço relativamente fina, ela não contrai o suficiente após a perda ponderal, acarretando o excesso de pele local.
A prática de exercícios regulares e direcionados aos músculos dessa região melhora bastante o aspecto estético dos braços, porém se a flacidez já estiver em um grau muito elevado, os exercícios não irão resolver, sendo a plástica dos braços a única alternativa para melhorar a aparência estética deste local.
A dermolipectomia dos braços também chamada dermolipectomia braquial ou lifting braquial visa retirar o excesso de pele, proporcionando um contorno de braço mais natural e menos flácido.
A dermolipectomia dos braços pode ser feita apenas com incisão axilar, quando a flacidez for leve ou moderada. Já em casos de grande flacidez, deve-se fazer a cirurgia com a cicatriz no sentido longitudinal, sendo que essa cicatriz poderá se estender da axila até próximo ao cotovelo.
Quando além da pele distendida há ainda gordura, a lipoaspiração também poderá ser associada à retirada do excesso de pele.
A cicatrização é um processo biológico natural e fundamental para manter a integridade da nossa pele. Toda vez que sofremos um corte, uma escoriação, ou uma queimadura por mais leve que seja, uma série de processos orgânicos são desencadeados no local para tentar recuperar o tecido que foi lesado.
No pós-operatório da dermolipectomia dos braços, a paciente deve evitar o excesso de movimentos, principalmente levantar os braços por 30 dias, visto que a cicatriz que se encontra na axila será forçada nestes casos. Quanto menor for a tração sobre a cicatriz, menor será o seu alargamento, menor será o risco de ficar hipertrófica e inestética.
O resultado definitivo da dermolipectomia dos braços, assim como de outras cicatrizes é atingido após 1 ano e 6 meses da cirurgia, período necessário para a acomodação dos tecidos e amadurecimento da cicatriz.
O risco de formação de queloide ou cicatriz hipertrófica após a realização dessa cirurgia passa a ser considerado, desde que a paciente apresente algum histórico para a formação desse tipo de cicatrizes. Nesses casos, deve-se cogitar a realização de Betaterapia após a dermolipectomia dos braços, pois a Betaterapia é um procedimento utilizado há décadas, sendo reconhecido cientificamente pelas Sociedades Brasileiras de Cirurgia Plástica, Dermatologia e Radioterapia, e de acordo com os trabalhos científicos publicados, pode-se afirmar que a Betaterapia previne 80% dos casos, a formação do queloide e cicatriz hipertrófica.