Geralmente a primeira cirurgia a que uma mulher se submete, é a cesariana. O nascimento de um filho é um momento emocionante e inesquecível, mas às vezes esse momento deixa marcas; até mesmo na pele. Além de todas as preocupações que a futura mamãe já tem, mais uma vem a se somar: será que a minha cicatriz da cesariana pode tornar-se um queloide?
A cicatrização é um processo biológico natural e fundamental para manter a integridade da nossa pele. Toda vez que sofremos um corte, uma escoriação, ou uma queimadura por mais leve que seja, uma série de processos orgânicos são desencadeados no local para tentar recuperar o tecido que foi lesado.
Os cuidados com a cicatriz da cesariana são simples, mas devem ser seguidos à risca para permitir uma recuperação ideal. Durante a cicatrização, deve-se redobrar o cuidado para prevenir infecções e inflamações no local, além de monitorar possíveis sangramentos ou aberturas dos pontos.
Mulheres que passaram por cesarianas ficarão com uma cicatriz de cerca de 15 cm na região suprapúbica (acima do púbis), mas que na maioria das pacientes torna-se delicada e imperceptível com o passar do tempo. Porém um dos medos mais comuns, responde pelo nome de queloide. Esta cicatriz inestética é caracterizada pelo crescimento anormal, porém benigno de tecido cicatricial que se forma no local da incisão cirúrgica, e ultrapassa os limites do corte. Costuma a surgir dentro de três a seis meses após a cirurgia, e só tende a crescer, coçar e às vezes até doer com o passar dos meses. Isso porque há um processo inflamatório e irritativo na pele, levando a uma produção exagerada de colágeno e consequente formação desse hipercicatrização.
Mulheres afrodescendentes e orientais apresentam maior propensão à formação de queloide, sendo as adultas jovens, as mais acometidas. O corte da cesariana é feito em um local onde não há tensão muscular. Por esse motivo, a mamãe só vai desenvolver o queloide caso tenha predisposição, história familiar ou algum outro fator que agrave a cicatriz como inflamação local.
Se você está gestante e apresenta um queloide ou uma cicatriz hipertrófica da cesariana anterior ou sabidamente apresenta tendência à formação a esse tipo de cicatrizes, deve cogitar o início da Betaterapia após a realização da cesariana, pois a Betaterapia é um procedimento utilizado há décadas, sendo reconhecido cientificamente pelas Sociedades Brasileiras de Cirurgia Plástica, Dermatologia e Radioterapia, e de acordo com os trabalhos científicos publicados, pode-se afirmar que a Betaterapia previne 80% dos casos, a formação do queloide e cicatriz hipertrófica.