A ginecomastia é um distúrbio que ocorre no homem, mais frequentemente na puberdade, por volta dos 13 – 14 anos de idade, e é caracterizado pelo aumento das mamas, devido ao estímulo hormonal no tecido glandular. Nesses casos, as mamas crescem por períodos de até seis meses, para então regredir, retornando ao tamanho normal. Em cerca de 5% das vezes, entretanto, a ginecomastia, a hipertrofia mamária persiste até a vida adulta.
Outra manifestação também comum de ginecomastia, é a falsa ginecomastia, que ocorre em homens que estejam acima do peso e desenvolvem aumento das mamas, devido ao acúmulo de gordura localizada. Esse tipo de aumento das mamas no homem é chamado de lipomastia.
A ginecomastia é uma condição que costuma gerar constrangimento, desconforto emocional e baixa autoestima para o homem, e o tratamento cirúrgico costuma ser indicado para a maioria dos casos.
A cirurgia para a correção da ginecomastia é realizada na maioria dos casos com o emprego de anestesia local mais sedação. Duas técnicas cirúrgicas podem ser utilizadas de forma isolada ou associada.
Quando há presença predominante de tecido gorduroso realiza-se a correção através de lipoaspiração da região. Utiliza-se para acesso entre 1 e 3 pequenas incisões e procede-se a aspiração para diminuição do volume das mamas e obtenção de um contorno adequado.
Nos casos, onde há presença de tecido glandular, um tecido mais consistente que o gorduroso; há nessas situações, necessidade de se realizar uma incisão junto à borda inferior da aréola, para a adequada remoção do excesso de tecido mamário. Nestes casos frequentemente é colocado um dreno para aspirar o líquido da região operada que permanece no local por 24 a 48 horas.
Frequentemente os pacientes com ginecomastia apresentam um padrão misto, com gordura e tecido glandular mamário, havendo necessidade de se combinar a lipoaspiração com a ressecção através de incisão na aréola para obtenção de melhores resultados.
O tempo médio da cirurgia oscila entre 1 e 2 horas, e após o fechamento das incisões, após a realização das suturas cirúrgicas, coloca-se um curativo para proteger a região.
Em qual situação, a betaterapia está indicada após essa cirurgia?
Se você irá se submeter à cirurgia de correção da ginecomastia, e apresenta tendência à formação de queloides ou cicatrizes hipertróficas, a betaterapia pós-opertória está indicada para o seu caso, com a finalidade de reduzir o risco de formação dessas hipercicatrizes.
A betaterapia é um procedimento utilizado há décadas, sendo reconhecido cientificamente pelas Sociedades Brasileiras de Cirurgia Plástica, Dermatologia e Radioterapia, e de acordo com os trabalhos científicos publicados, pode-se afirmar que a betaterapia previne 80% dos casos, a formação do queloide e cicatriz hipertrófica.
