A cicatrização é um processo biológico natural e fundamental para manter a integridade da nossa pele. Toda vez que sofremos um corte, uma escoriação, ou uma queimadura por mais leve que seja, uma série de processos orgânicos são desencadeados no local para tentar recuperar o tecido que foi lesado.
Os cuidados com a cicatriz cirúrgica são simples, mas devem ser seguidos à risca para permitir uma recuperação ideal. Durante a cicatrização, os cuidados para prevenir infecções e inflamações locais, devem ser redobrados, além do monitoramento quanto à possibilidade de sangramentos ou aberturas dos pontos.
Pacientes que estejam planejando passar por uma cirurgia plástica, devem ficar atentas se há algum caso de cicatriz queloide na família, visto que as publicações médicas sobre esse assunto, mostram que cerca de 50 % dos pacientes com queloides geralmente tem história familiar positiva. Mutação no cromossomo 7p11 e 2q23 foram verificadas em 02 famílias com padrão de herança autossômica dominante para queloides. Essa hiper cicatriz é caracterizada pelo crescimento anormal, porém benigno de tecido cicatricial que se forma no local da incisão cirúrgica, e ultrapassa os limites do corte. O queloide costuma surgir dentro de três a seis meses após a cirurgia, e costuma manifestar sintomas de coceira e até dor.
Além dos histórico familiar ser de extrema importância para determinar o risco de desenvolvimento de queloide, outros fatores também devem ser levados em conta como aspectos raciais, etários e localização da cirurgia: indivíduos afrodescendentes e orientais apresentam maior propensão à formação de queloide, sendo os adultos jovens, os mais acometidos. Algumas regiões de nosso corpo, também mostram um maior risco para o surgimento de queloides, como as orelhas, tronco e ombros.
Se você está programando passar por uma cirurgia plástica e tem algum membro familiar (pais, irmãos) com histórico de queloide ou cicatriz hipertrófica, saiba que o seu risco para a formação desse tipo de hiper cicatriz está aumentado. Assim, é de grande valia, pensar na adição da Betaterapia após a realização de sua cirurgia, pois a Betaterapia é um procedimento utilizado há décadas, sendo reconhecido cientificamente pelas Sociedades Brasileiras de Cirurgia Plástica, Dermatologia e Radioterapia, e de acordo com os trabalhos científicos publicados, pode-se afirmar que a Betaterapia previne 80% dos casos, a formação do queloide e cicatriz hipertrófica.