Você acabou de realizar a cirurgia plástica de seus sonhos, a mamoplastia tão esperada ou aquela abdominoplastia que eliminou o excesso de pele e as gordurinhas. Passado um mês da cirurgia, a sua cicatriz estava fina e delicada, mas por volta do terceiro mês…
Ficou grossa, ficou larga, vermelha. E você não tá satisfeita com isso?
Então você pergunta? Será que eu posso fazer algumas sessões de betaterapia?
É muito comum pacientes que passaram por cirurgias plásticas, manifestarem algum grau de insatisfação com as suas cicatrizes, pois é o desejo de todas as pacientes ter uma cicatriz fina e discreta, para não dizer “invisível”.
Se você passou por uma cirurgia plástica há alguns meses e está percebendo que a sua cicatriz não está fina e delicada como nas primeiras semanas após a cirurgia, percebeu que ela tornou-se hipertrófica (grossa, elevada); recomendamos que você entre em contato com o seu cirurgião plástico, pois certamente alguns tratamentos conservadores como uso de soluções tópicas (cremes e pomadas), fitas de silicone ou medicações injetáveis poderão ser recomendados, pois infelizmente a betaterapia não trará benefícios quando a cicatriz já está formada.
Utilizada há décadas, a betaterapia é um procedimento reconhecido cientificamente pelas Sociedades Brasileiras de Cirurgia Plástica, Dermatologia e Radioterapia.
A betaterapia é um tratamento que utiliza partículas beta emitidas por uma fonte de Estrôncio 90 (material radioativo), esse tipo de tratamento irradiante é utilizado para evitar a formação do queloide ou cicatriz hipertrófica, inibindo a atividade dos fibroblastos e dessa forma diminuindo a produção exagerada de colágeno, responsável pelo aspecto hipertrófico das cicatrizes.
A betaterapia está indicada a pacientes de ambos os sexos que possuam uma cicatriz hipertrófica ou queloide em qualquer localização do corpo e que estejam programando passar por uma cirurgia plástica a fim de remover essa lesão. A betaterapia também é recomendada aos pacientes que tenham tendência à formação dessas cicatrizes grossas, espessas.
A primeira sessão de betaterapia deve ter início dentro de 24 a 48 horas após a cirurgia; período em que os fibroblastos começam a se proliferar para a produção de colágeno. Em média dez sessões serão prescritas pelo médico radioterapeuta após a consulta médica e avaliação do seu caso.
A betaterapia é um procedimento utilizado há décadas, sendo reconhecido cientificamente pelas Sociedades Brasileiras de Cirurgia Plástica, Dermatologia e Radioterapia. É empregada para evitar a formação de queloide ou cicatriz hipertrófica, devendo ter início em até 48 horas após a cirurgia; período em que os fibroblastos começam a se proliferar para a produção de colágeno. De acordo com os trabalhos científicos publicados, pode-se afirmar que a betaterapia previne 80% dos casos, a formação do queloide e cicatriz hipertrófica.