Mesmo com o início da vacinação contra a covid-19 no Brasil, a pandemia causada pela doença continua, e toda a população deve seguir mantendo os cuidados de distanciamento social e de higiene para evitar a contaminação. E um desses cuidados principais é a máscara de proteção.
Existem vários tipos de máscaras para proteção respiratória e que possuem indicações e níveis diferentes de proteção, como as máscaras de tecido, as máscaras cirúrgicas e as máscaras N95.
Mas, as máscaras de proteção podem causar queloides nas orelhas?
Não, sozinhas as máscaras não têm a capacidade de causar queloides, mas se você passou por uma cirurgia plástica nas orelhas, conhecida como otoplastia, recentemente ou até mesmo há menos de um ano, evite o uso de máscaras de proteção que tracionam mesmo que levemente as orelhas, e dê preferência às máscaras com ajuste na região posterior da cabeça. Dessa forma você manterá a sua proteção e dos demais, e evitará estímulos irritativos na cicatriz, provocados pelos elásticos da máscara que se acomodam nas orelhas.
O termo otoplastia refere-se a qualquer tipo de cirurgia plástica realizada nas orelhas. Em geral o termo é usado para indicar a correção das chamadas “orelhas de abano”, porém outros problemas como sequelas de traumas, orelhas rasgadas por uso de brinco, ausência congênita das orelhas e orelhas constritas também são tratadas com técnicas de otoplastia. E pacientes que passaram por otoplastia de correção de orelhas de abano ficarão com uma cicatriz de 5 a 7 cm na região retroauricular (atrás das orelhas), exatamente onde o elástico da máscara se acomoda.
E caso você esteja programando passar uma otoplastia, e tem tendência à formação de queloides, saiba que a betaterapia está indicada para o seu caso, a fim de reduzir os riscos de formação de queloides.
A betaterapia é um procedimento utilizado há décadas, sendo reconhecido cientificamente pelas Sociedades Brasileiras de Cirurgia Plástica, Dermatologia e Radioterapia, e de acordo com os trabalhos científicos publicados, pode-se afirmar que a betaterapia previne 80% dos casos, a formação do queloide e cicatriz hipertrófica.