Já ouviu falar em explante mamário?

Por: Dr. Rodrigo Motta 16 de abril de 2021

A lista de famosas e também anônimas, que optaram por voltar atrás em relação ao tão desejado aumento das mamas e retirar suas próteses cresceu e vem crescendo nos últimos tempos, assim como a busca por informações sobre esse procedimento cirúrgico nos consultórios e clínicas de cirurgias plásticas do país.

A retirada da prótese é a melhor escolha? Por qual razão, cada vez mais as mulheres têm optado por essa cirurgia? Saiba tudo e mais um pouco sobre o explante mamário!

De acordo com a Sociedade Brasileira de Cirurgia Plástica (SBCP), o aumento de mamas é um dos procedimentos estéticos mais realizados no Brasil, já os dados, informações sobre o explante mamário são escassos. No entanto, é consenso entre os especialistas da área que um aumento na busca por informações sobre a retirada do silicone, vem aumentando nos últimos meses, e esses profissionais apontam como os principais motivos que levam a paciente a fazer essa escolha, as mudanças no estilo de vida da mulher, uma maior aceitação do seu próprio corpo, o receio da doença associada ao silicone, contratura capsular, ruptura ou tempo de uso das próteses.

Como funciona a cirurgia de explante mamário? As mamas voltam a ser como eram antes do implante?

Podemos afirmar que quase a totalidade das pacientes que buscam pelo explante, pensam que é simplesmente “tirar” as próteses, no entanto, a cirurgia de remoção das próteses mamárias é mais complexa e demorada do que a cirurgia de colocação das próteses. Devido à presença do implante durante anos, a pele das mamas tende a ficar distentida, e a retirada das próteses deixará um espaço interno, que precisará ser ocupado, preenchido na maioria das vezes com gordura da própria paciente. A mesma pode também necessitar retirar a pele excedente e flácida, e vir a submeter a mais de uma cirurgia para um bom resultado estético, enfim, cada caso é um caso, devendo ser avaliado individualmente.

Posso ficar com cicatrizes maiores após a cirurgia de remoção das próteses?

Provavelmente, sim. O explante leva a um “esvaziamento” das mamas e por consequência a uma “restauração” da anatomia anterior, pois é necessário devolver à paciente o formato original das mamas, o que leva à necessidade da incisão cirúrgica em “T invertido” ou “âncora”, na parte debaixo das mamas. Porém, em pacientes com próteses pequenas, apenas o preenchimento com gordura já acaba sendo suficiente.

Se você tem tendência à formação de queloides ou cicatrizes hipertróficas, pense na possibilidade de associar a betaterapia pós-operatória à sua cirurgia. Pois a betaterapia associada à cirurgia é considerada como o padrão ouro entre os métodos de tratamento para evitar o surgimento de queloides ou cicatrizes hipertróficas em quem já as possui e passará por uma cirurgia de remoção; mas também é perfeitamente indicada a pacientes com predisposição à formação dessas hipercicatrizes.