É muito comum pacientes que passaram por cirurgias plásticas; estéticas ou reparadoras, manifestarem algum receio pelo fato de suas cicatrizes não ficarem esteticamente bonitas, pois é o desejo de todas as pacientes ter uma cicatriz fina, discreta, imperceptível para não dizer “invisível”.
A cicatrização é um processo biológico natural e fundamental para manter a integridade da nossa pele. Nesse processo, há alguns fatores que podemos e outros que não podemos interferir.
Alguns fatores podem influenciar de alguma maneira esse processo, como a hidratação da pele. Uma pele bem hidratada, tanto através do aumento da ingesta de líquidos, como também pelo uso de creme hidratantes na área a ser operada, favorecerá a uma melhor recuperação e cicatrização.
Hidratação da pele melhora o processo de cicatrização e impacta saúde da derme, mesmo sendo associada à beleza e à estética, uma boa hidratação está diretamente relacionada à saúde da pele, sendo essencial no pré e no pós-cirúrgico.
A hidratação refere-se à reposição e retenção das moléculas de água na derme e epiderme, que são as camadas superficiais da pele, e quando realizada corretamente, a pele fica mais bonita e macia, mas também protegida de agressões que podem provocar ressecamento e até mesmo dermatite.
A reposição e retenção de líquidos pela pele depende de fatores específicos, como tipo de pele, e também de fatores externos, como cuidados diários, exposição ao sol, vento, temperatura da água no momento do banho etc.
Entre os fatores que influenciam a hidratação da pele, podemos destacar a barreira cutânea ou manto hidrolipídico, uma espécie de película formada por lipídeos (gordura) que protege a epiderme e evita a perda de água, e também a microbiota da pele, que consiste em um conjunto de microrganismos, como bactérias e fungos benéficos, que habitam a superfície da pele e evitam a perda de água e que doenças se instalem.
É muito comum pacientes que passaram por cirurgias plásticas; estéticas ou reparadoras, manifestarem algum receio pelo fato de suas cicatrizes não ficarem esteticamente bonitas, pois é o desejo de todas as pacientes ter uma cicatriz fina, discreta, imperceptível para não dizer “invisível”.
O processo de cicatrização é a forma encontrada pelo organismo de garantir a integridade da pele após uma agressão, como a cirurgia. Diferentes fatores influenciam o resultado, desde a predisposição genética até aspectos externos que podem levar a uma má cicatrização e consequente formação de cicatrizes inestéticas, entre elas a cicatriz hipertrófica e queloides.
Para evitar essas ocorrências indesejáveis, a hidratação antes e depois da cirurgia é fundamental, pois uma boa hidratação irá melhor a espessura e maciez da pele, favorecendo a cirurgia e também o processo de cicatrização ao hidratar o tecido que sofreu estiramento.
Ao cuidar adequadamente da pele no pré e no pós-operatório a paciente reduz as chances de cicatrizes com aspecto indesejado e torna os resultados satisfatórios mais duradouros.
Um processo de cicatrização inadequado, com queloides, por exemplo, pode exigir a realização de uma cirurgia reparadora com o objetivo de alcançar a estética desejada.
O paciente deve ter atenção, pois tanto o frio quanto calor intensos podem resultar em desidratação da pele. No inverno isso ocorre devido aos ventos, baixa umidade do ar e banhos quentes e no verão está relacionada à exposição solar e banhos de mar e piscina.
Portanto, os cuidados de hidratação da pele são essenciais em todas as épocas e, especialmente, no pré e pós-cirúrgico. Devido à cirurgia plástica viabilizar esse planejamento, os cuidados podem ser iniciados com antecedência. Entre as substâncias mais recomendadas estão as vitaminas E e B,ácido hialurônico, uréia, ceramidas, óleo de sementes de girassol, óleo de rosa mosqueta, aloe vera (babosa) e glicerina.
Ter uma cicatriz fina, é o objetivo tanto das pacientes como dos cirurgiões plásticos. Por isso, se você tem tendência à formação de queloides ou cicatrizes hipertróficas, recomendamos que a betaterapia seja administrada no pós-operatório imediato com o objetivo de reduzir as chances de formação dessas hipercicatrizes.
A betaterapia é um tratamento que utiliza partículas beta emitidas por uma fonte de Estrôncio 90 (material radioativo), esse tipo de tratamento irradiante é utilizado para evitar a formação do queloide ou cicatriz hipertrófica, inibindo a atividade dos fibroblastos e dessa forma diminuindo a produção exagerada de colágeno, responsável pelo aspecto hipertrófico das cicatrizes.
A primeira sessão de betaterapia deve ter início dentro de 24 a 48 horas após a cirurgia; período em que os fibroblastos começam a se proliferar para a produção de colágeno. Em média dez sessões serão prescritas pelo médico radioterapeuta após a consulta médica e avaliação do seu caso.
A betaterapia é um procedimento utilizado há décadas, sendo reconhecido cientificamente pelas Sociedades Brasileiras de Cirurgia Plástica, Dermatologia e Radioterapia. É empregada para evitar a formação de queloide ou cicatriz hipertrófica, devendo ter início em até 48 horas após a cirurgia; período em que os fibroblastos começam a se proliferar para a produção de colágeno. De acordo com os trabalhos científicos publicados, pode-se afirmar que a betaterapia previne 80% dos casos, a formação do queloide e cicatriz hipertrófica.