Fototerapia não é bronzeamento artificial

Por: Dr. Rodrigo Motta 15 de outubro de 2021

A fototerapia é diferente do bronzeamento artificial, que é proibido no Brasil desde 2009 por uma resolução da ANVISA. A alta intensidade de radiação ultravioleta A (UVA) emitida pelas cabines de bronzeamento artificial, além de não ser terapêutica, pode aumentar os riscos de câncer de pele também ocasionar outras lesões e o envelhecimento cutâneo.

Além do risco de câncer, a radiação artificial não prepara a pele para o bronzeado, não a protege das queimaduras do sol, e não permite um aporte significativo de vitamina D, como muitos asseguram. Além disso, provoca um envelhecimento da pele quatro vezes maior do que a exposição ao sol.

O Brasil foi o primeiro país a proibir os raios UVA por completo em 2009, seguido pela Austrália, o país com a maior taxa de melanoma do mundo.

A fototerapia com radiação ultravioleta-A (UVA) ou ultravioleta-B de banda estreita (UVB-nb) é um recurso terapêutico muito eficaz no tratamento de inúmeras doenças da pele, como psoríase, dermatite e vitiligo.

A fototerapia deve ser executada de modo sério, com atenção às corretas indicações e protocolos específicos, o que inclui: reavaliações periódicas, controle de máquinas e cuidados redobrados com aspectos de segurança.

Os procedimentos em fototerapia implicam tratamentos longos, geralmente com idas aos serviços duas a três vezes na semana, durante meses. A cada sessão, a ficha clínica deve ser preenchida e conversas explicativas precisam ser conduzidas, para acompanhar e registrar a evolução do paciente.

Mas quais são os efeitos colaterais da fototerapia UVA que utiliza psoraleno (PUVA) e da fototerapia UVBnb que não usa essa medicação?

Entre os possíveis efeitos colaterais da fototerapia UVBnb estão os eritemas da pele (vermelhidão), que normalmente podem ser resolvidas alterando a dosagem de radiação UV, prurido, e sinais de envelhecimento cutâneo que podem surgir tardiamente. O aumento no risco para câncer da pele com a fototerapia UVBnb não foi demonstrado, mas acredita-se que haja um pequeno aumento, principalmente nos pacientes que venham a realizar muitas sessões durante muito tempo. Já, os efeitos da PUVA, além dos mencionados acima, temos também as queixas gastrintestinais provocados pelo psoraleno, como náuseas, vômitos e diarreia. Pacientes em tratamento com PUVA (psolareno + UVA) apresentam maior fotossensibilização da pele por algumas horas após cada sessão, e devem ter ainda mais cuidado com a exposição solar durante o tratamento.

No processo da fototerapia, além dos cuidados nas indicações e protocolos corretos, deve- se assegurar que as revisões médicas periódicas, também fundamentais para o êxito dos tratamentos, transcorram regularmente, observando itens como: melhora clínica, necessidade de associação ou mudança de terapêutica associada, coleta de documentação fotográfica, entre outros. Esses são apenas alguns dos aspectos que aumentarão as chances de bons resultados.

A Betaclin oferece aos seus pacientes o tratamento com irradiação ultravioleta (UV), nas faixas de energia de UVA1 e UVBnb (faixa estreita). Tanto o UVA1 como o UVBnb dispensam o uso de medicações fotossensibilizantes como o psoraleno. Os tratamentos em nossa clínica podem ser realizados de forma focalizada ou em cabine.

Para realização das sessões de fototerapia é necessário passar por uma avaliação prévia com um médico dermatologista, que deverá definir o seu plano terapêutico, como a escolha do tipo de radiação ultravioleta (UV), se UVA1 ou UVBnb, bem como a dosagem e o número de sessões.

Os procedimentos em fototerapia implicam em idas à unidade de tratamento, duas a três vezes na semana, durante meses.

A fototerapia que utiliza a radiação UV, está indicada no tratamento de inúmeras doenças da pele, em particular o vitiligo, a psoríase e a dermatite atópica. É um recurso terapêutico muito útil, seguro, eficaz e reconhecido pela Sociedade Brasileira de Dermatologia (SBD), Associação Médica Brasileira (AMB) e Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS).