Fotobiomodulação em Cirurgias Plásticas

Por: Dr. Rodrigo Motta 25 de janeiro de 2019

As cirurgias plásticas são cada vez mais procuradas por homens e mulheres que buscam por uma melhora na aparência. Junto à procura por estes procedimentos estéticos, vem a preocupação quanto a um pós-operatório sem complicações, com maior conforto, cicatrização mais rápida e de boa qualidade; para alcançar estes objetivos, vários recursos terapêuticos que amenizem e anulem qualquer complicação, são empregados. Dentro deste rol, o uso do Laser de Baixa Potência ganha destaque!

O Laser de Baixa Potência, também chamado de baixa intensidade ou ainda de bioestimulante tem demonstrado efeitos analgésicos, anti-inflamatórios e cicatrizantes, sendo por isso bastante utilizado no processo de reparo tecidual.

Apesar da evolução das técnicas cirúrgicas utilizadas, o pós operatório das cirurgias estéticas ainda deixa injúrias na região envolvida, como dor, edema (inchaço), equimoses (manchas roxas), lipodestruição, retração cicatricial, cicatriz hipertrófica, queloides, fibroses e outras.

Nos últimos anos, a fototerapia com uso de laserse LEDs, vem se destacando como método biomodulador do reparo tecidual, promovendo o aumento da circulação local, proliferação celular e síntese de colágeno. A fotobiomodulação, ou terapia com laser de baixa intensidade (TLBI) gera um efeito antiinflamatório, por sua vez diminuindo dor e edema, ao mesmo tempo em que promove um estímulo à angiogênesse (formação de novos vasos) e melhoria da cicatrização tecidual.

A fototerapia é um recurso terapêutico empregado na adjuvância dos mais variados procedimentos cirúrgicos, com objetivo de acelerar a cicatrização, promover a regeneração tecidual, diminuir a inflamação e aliviar a dor do paciente. Para alcançar este objetivo, são empregados os mais variados comprimentos de ondas e doses do espectro eletromagnético.

Uma opção de fototerapia bastante promissora além dos Lasersde baixa potência, são os LEDs(Light emitting diode). O LEDemite luz e é utilizado com o comprimento de onda que pode variar de 405nm (azul) a 940nm (infravermelho). A fotobioestimulação decorrente dessa luz atua a nível celular promovendo geração de energia através da produção de ATP, e aumento da síntese proteica como colágeno e a elastina. Dependendo do comprimento de onde, a luz de LED pode também ter ação anti-inflamatória e bactericida.

Atualmente já é possível oferecer um pós-operatório mais adequado e menos traumático com os recursos terapêuticos disponíveis e corroborados com os vários estudos publicados, comprovando a eficácia da fototerapia bioestimuladora em relação ao processo de cicatrização, diminuição de dor e edema.

Um desses estudos publicados, foi um estudo brasileiro, onde pacientes submetidas à abdominoplastia recebiam fototerapia bioestimuladora em metade da cicatriz cirúrgica. Ao final deste estudo, os pesquisadores então constataram uma significativa melhora em termos de recuperação e resultado estético final na metade tratada da cicatriz em comparação à metade não tratada.

Assim, o Laser de baixa potência pode ser indicado com segurança para melhorar o processo de reparo tecidual, pois os seus efeitos positivos justificam a sua utilização em pós-operatórios.