É recomendado passar por sessões de betaterapia após o lifting facial?

Por: Dr. Rodrigo Motta 5 de março de 2021

Lifting facial, ritidoplastia ou simplesmente cirurgia de rejuvenescimento facial, é um procedimento cirúrgico que visa diminuir a flacidez e atenuar os vincos e rugas do rosto e pescoço, através da remoção do excesso de pele e reposicionamento dos músculos da face, proporcionando dessa maneira, uma aparência mais jovial e harmônica.

Lifting é uma palavra derivada do verbo em inglês “to lift”, que significa levantar. Usada para determinar cirurgias em que os tecidos necessitam ser reacomodados aos seus lugares de origem, no caso do lifting facial, essa reacomodação, é feita na face.

É indispensável que um acompanhante (familiar ou amigo) esteja com você, tanto no momento da internação, quanto no momento da alta. Quando o procedimento é finalizado, uma bandagem pode ser colocada ao redor do rosto para minimizar o inchaço e os hematomas. Os cuidados com o pós-operatório de uma cirurgia de rejuvenescimento facial se assemelham com os de outras cirurgias plásticas e nos dias seguintes ao procedimento, o melhor a fazer é seguir as orientações médicas à risca, evitando principalmente movimentações desnecessárias e esforços mesmo que leves. Respeitar essas orientações, lhe garantirá um pós-operatório tranquilo — o que é essencial para alcançar o resultado esperado após a sua cirurgia!

Pacientes que passaram por uma cirurgia de lifting facial ficarão com uma cicatriz de aproximadamente 10 a 15 cm na região periauricular (ao redor das orelhas) que tende a ficar cada vez mais imperceptível com o passar dos meses.

Mas devo me submeter às sessões de betaterapia após o lifting facial?

A orelha e a região ao redor dela é sem dúvida alguma de elevado risco para a formação de queloides, no entanto a indicação de betaterapia após o lifting facial é recomendada apenas às pacientes que apresentem histórico pessoal para queloides, pois nesse caso, o risco de formação dessa hipercicatriz após a cirurgia de rejuvenescimento facial, é considerado alto.

Essa cicatriz inestética é caracterizada pelo crescimento anormal de tecido cicatricial que se forma no local da incisão cirúrgica, e ultrapassa os limites do corte. Costuma surgir dentro de três a seis meses após a cirurgia, e só tende a crescer, coçar e às vezes até doer com o passar dos meses. Isso porque há um processo inflamatório e irritativo na pele, levando a uma produção exagerada de colágeno e consequente formação dessa hipercicatrização.

Se você está programando passar por um lifiting facial e sabidamente apresenta tendência à formação de queloides ou cicatrizes hipertróficas, saiba que você pode e sem receio algum, se submeter às sessões de betaterapia a fim de diminuir o risco de formação de queloides após a cirurgia de rejuvenescimento facial.

A betaterapia é um procedimento utilizado há décadas, sendo reconhecido cientificamente pelas Sociedades Brasileiras de Cirurgia Plástica, Dermatologia e Radioterapia, e de acordo com os trabalhos científicos publicados, pode-se afirmar que a betaterapia previne 80% dos casos, a formação do queloide e cicatriz hipertrófica.