O termo otoplastia refere-se a qualquer tipo de cirurgia plástica realizada nas orelhas. Em geral o termo é usado para indicar a correção das chamadas “orelhas de abano”, porém outros problemas como sequelas de traumas, orelhas rasgadas por uso de brinco, ausência congênita das orelhas e orelhas constritas também são tratadas com técnicas de otoplastia.
As cirurgias de correções de orelha devem ser consideradas como reparadoras, quando tentam corrigir um defeito, e ao mesmo tempo estética, pensando-se na busca pela harmonia de forma, volume e posição.
Os cuidados com o pós-operatório de uma otoplastia se assemelham com os de outras cirurgias plásticas, mas a recuperação tende a ser bem mais rápida se comparada a outras na região da face, como a rinoplastia, por exemplo. Porém, como em qualquer cirurgia, alguns cuidados são exigidos. Nos dias seguintes ao procedimento, o melhor a fazer é seguir as orientações médicas à risca. Obedecê-las garante que o pós-operatório da otoplastia seja tranquilo — o que é essencial para alcançar o resultado esperado! Por isso, antes de se submeter a esse tipo de intervenção, é preciso se preparar para pegar leve nos dias que a sucedem.
Durante a cicatrização, deve-se redobrar o cuidado para prevenir infecções e inflamações no local, além de monitorar possíveis sangramentos ou aberturas dos pontos.
Pacientes que passaram por otoplastia de correção de orelhas de abano ficarão com uma cicatriz de 5 a 7 cm na região retroauricular (atrás das orelhas) que tende a ficar cada vez mais imperceptível com o passar dos meses.
Mas devo me submeter às sessões de betaterapia após uma otoplastia?
A orelha é sem dúvida alguma um órgão de elevado risco para a formação de queloides, no entanto a indicação de betaterapia após a otoplastia é recomendada apenas aos pacientes que apresentam histórico pessoal para queloides, pois nesse caso, o risco de formação dessa hipercicatriz após a otoplastia, é considerado alto.
Essa cicatriz inestética é caracterizada pelo crescimento anormal de tecido cicatricial que se forma no local da incisão cirúrgica, e ultrapassa os limites do corte. Costuma surgir dentro de três a seis meses após a cirurgia, e só tende a crescer, coçar e às vezes até doer com o passar dos meses. Isso porque há um processo inflamatório e irritativo na pele, levando a uma produção exagerada de colágeno e consequente formação dessa hipercicatrização.
Se você está programando passar por uma cirurgia plástica nas orelhas e sabidamente apresenta tendência à formação de queloides ou cicatrizes hipertrófica, saiba que você pode e sem receio algum, se submeter às sessões de betaterapia a fim de diminuir o risco de formação de queloides após a otoplastia.
A betaterapia é um procedimento utilizado há décadas, sendo reconhecido cientificamente pelas Sociedades Brasileiras de Cirurgia Plástica, Dermatologia e Radioterapia, e de acordo com os trabalhos científicos publicados, pode-se afirmar que a betaterapia previne 80% dos casos, a formação do queloide e cicatriz hipertrófica.