Diante da pandemia e ao aumento do número de casos do coronavírus no Brasil, a população precisou se adequar a uma nova rotina. Viagens, consultas médicas, exames e até cirurgias eletivas precisaram ser canceladas ou adiadas. Procedimentos eletivos são aqueles que não são considerados de emergência, como as cirurgias plásticas, por exemplo.
A Sociedade Brasileira de Cirurgia Plástica (SBCP) tem aconselhado os seus membros que observem com especial atenção, os dados epidemiológicos para Covid-19 do município de sua atuação profissional, e que o retorno às atividades profissionais seja fundamentado fortemente na responsabilidade profissional e segurança dos pacientes e, sobretudo nas diretrizes das autoridades sanitárias Municipais, Estaduais e Federais. Recomenda-se também, evitar procedimentos em pacientes do chamado grupo de risco (acima de 60 anos, comorbidades presentes como hipertensão arterial, doenças respiratórias crônicas, diabetes, doenças autoimunes, etc.). A SBCP também recomenda aos cirurgiões plásticos a optarem por procedimentos únicos e com tempo cirúrgico menor que 4 horas.
O cirurgião plástico deverá oferecer ao paciente o máximo de informações, com especial atenção aos esclarecimentos sobre os riscos operatórios e pós-operatórios face à pandemia de Covid-19. A paciente deve assumir responsabilidade solidária, estar ciente dos riscos e cumprir as recomendações médicas, principalmente o distanciamento social pós-operatório, ou seja, a visita de familiares e amigos fica proibida.
Mas se você já estava com a sua cirurgia programada, o ideal é remarcar. Isso se o próprio hospital ou o médico não o fizer. O ideal é entrar em contato com o seu cirurgião plástico, e aguardar.
Mesmo com as medidas preventivas e de distanciamento social para a contenção da disseminação do novo coronavírus, a expectativa é de aumento da notificação de casos no país e, com isso, as unidades hospitalares deverão direcionar mais leitos para os pacientes com diagnóstico de Covid-19.