Muitas jovens, por motivos estéticos ou visando evitar problemas posturais graves, têm recorrido à redução das mamas ainda na adolescência ou início da juventude. De acordo com a Sociedade Brasileira de Cirurgia Plástica, a mamoplastia redutora visa remover o excesso de gordura, tecido glandular e pele, visando atingir um tamanho proporcional e aliviar o desconforto associado às mamas muito grandes.
Porém devemos alertar as pacientes, quanto a uma possível dificuldade ou incapacidade de amamentar que pode se manifestar após a mamoplastia. Mas quantas meninas em plena adolescência, estão preocupadas em amamentar os filhos que ainda nem sabem se terão? O interesse pela amamentação vai aparecendo conforme surge a vontade de ser mãe.
Um grande número de mulheres que fizeram mamoplastia redutora acaba não amamentando por má orientação profissional, não por incapacidade física.
O fato é que muitas mulheres que passaram por mamoplastias redutoras na adolescência ou início da idade adulta se deparam, com a angústia de não saber se conseguirão amamentar. E grande parte delas, por desinformação ou má orientação profissional, acabam nem tentando, e entre as que chegam a iniciar a amamentação, um grande número acaba interrompendo.
Uma publicação da Associação Britânica de Cirurgiões Plásticos, sugeriu não haver nenhuma diferença na capacidade de amamentação entre mulheres que passaram por mamoplastia redutora versus as que não foram submetidas a tal procedimento. E, o mais importante: a pesquisa mostrou que as dificuldades relacionadas à amamentação nessas condições parecem estar mais relacionadas às questões psicossociais e ao aconselhamento recebido dos profissionais de saúde do que à incapacidade física em amamentar.
Assim, o sucesso ou não da amamentação depois da mamoplastia redutora, dependerá de diversos fatores, os quais passam pela técnica cirúrgica empregada, o intervalo de tempo entre a cirurgia e o aleitamento, bem como as orientações que a gestante/lactante recebeu.
As técnicas modernas de mamoplastia redutora buscam a preservação dos ductos mamários, nervos e vasos sanguíneos, de forma a manter a lactação da futura mamãe, garantindo a produção de leite para o recém-nascido. Outro fator que contribui positivamente, é o fator tempo, pois quanto mais tempo transcorrido entre a cirurgia de redução das mamas e a amamentação, maior a possibilidade de novos ductos se formarem, processo esse que também poder ser acelerado pela gestação.
A possibilidade de a mulher amamentar depois de uma mamoplastia depende do tipo de cirurgia e de técnicas específicas utilizadas, se conexões nervosas foram danificadas, e da quantidade de tecido removido. Geralmente, o aleitamento materno é possível após cirurgias das mamas. A produção de leite após a redução cirúrgica das mamas é maior se o cirurgião tomou cuidado em preservar terminações nervosas, ductos lactíferos, e vasos sanguíneos intactos.